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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 4
Self-compacting concretes (SCC) – comparison of methods of dosage
4.1 Resultados dos ensaios no estado fresco
Os resultados dos ensaios realizados para avaliar o comporta-
mento do CAA no estado fresco, estão apresentados na Tabela 8.
A partir dos resultados atingidos no estado fresco, concluiu-se que
os valores alcançados nos procedimentos realizados, para avaliar
a autoadensabilidade do CAA, apresentados na Tabela 8, foram
satisfatórios, pois se enquadram nos limites mencionados pela
ABNT NBR 15823:2010 [4].
Em cada família realizada, verificou-se que o traço de CAA que
proporcionou melhor coesão, fluidez e viscosidade foi o que apre-
sentou maior consumo de cimento, um teor de argamassa mais
elevado e consequentemente menor consumo de brita por m³, o
que resulta em uma maior liberdade para o concreto fluir.
4.2 Comparações das propriedades dos concretos
no estado endurecido
Primeiramente serão confrontadas as resistências à compressão
obtidas aos 7, 28 e 91 dias para os mesmos traços unitários e
após os custos para as misturas, assim como o módulo de elas-
ticidade, a velocidade de propagação da onda de ultrassom e a
penetração de íons cloretos, para uma mesma faixa de resistência
à compressão.
No método Nan Su
et al.
, 2001 [1] não foi possível realizar as equa-
ções de comportamento e o diagrama de dosagem, uma vez que
através deste foi determinado apenas um traço. Em vista disso,
para que as comparações pudessem ser realizadas, utilizou-se os
valores bases resultantes deste método de dosagem. Para os ou-
tros dois experimentos, Repette-Melo, 2005 [2] e Tutikian & Dal Mo-
lin, 2007 [3], serão buscados o mesmo traço unitário e a resistência
à compressão nas equações de comportamento, determinadas de
acordo com as propriedades características destes métodos.
Ressalta-se que essa comparação torna-se válida, já que os re-
sultados atingidos em Nan Su
et al.
, 2001 [1] encontram-se entre
os limites dos dados estabelecidos nas propriedades do estado
endurecido alcançadas nos métodos de Repette-Melo, 2005 [2] e
Tutikian & Dal Molin, 2007 [3].
A Tabela 9 mostra os valores fixados para as comparações, no
estado endurecido, entre os três experimentos de dosagem. A ida-
de de 91 dias será a padrão para as comparações envolvendo
o módulo de elasticidade, velocidade de propagação da onda de
ultrassom e penetração de íons cloretos.
4.2.1 Resistência à compressão aos 7, 28 e 91 dias para
o mesmo traço unitário
Para esta confrontação foi fixado um traço unitário (1:m) do qual
buscou-se, nas equações de comportamento, as resistências à com-
pressão atingidas aos 7, 28 e 91 dias, como é mostrado na Figura 7.
Através disto pode-se analisar qual experimento alcançou a maior
resistência à compressão, para um mesmo traço unitário (1:4,28).
Observando a Figura 7, pode-se concluir que o método Tutikian
& Dal Molin, 2007 [3] apresentou resultado de resistência à com-
pressão aos 7 dias superior, em 1,0% do alcançado em Nan Su
et
al.
, 2001 [1] e de 29,5% em relação ao atingido em Repette-Melo,
2005 [2]. Constata-se também que aos 28 dias, o método Tutikian
& Dal Molin, 2007 [3], novamente, atingiu resultado superior de
resistência à compressão em relação aos outros dois métodos,
sendo o valor 6,8% mais elevado do que o obtido em Nan Su
et
al.
, 2001 [1] e 28,5% mais alto do alcançado em Repette-Melo,
2005 [2]. E por fim, verifica-se a superioridade do método Tutikian
& Dal Molin, 2007 [3] no quesito resistência à compressão para um
mesmo traço unitário, se comparado aos outros dois métodos. Aos
91 dias este obteve resultado, em percentuais, 4,5% mais elevado
do atingido através de Nan Su
et al.
, 2001 [1] e 29,1% maior do
alcançado em Repette-Melo, 2005 [2].
4.2.2 Custo das misturas para uma mesma faixa
de resistência à compressão aos 7, 28 e 91 dias
As comparações de custo, fixando-se uma resistência à compres-
são aos 7 dias, para todos os métodos, estão evidenciadas na
Figura 8.
Com base nos dados apresentados na Figura 8, observa-se que o
método Tutikian & Dal Molin, 2007 [3] apresentou para uma mes-
ma faixa de resistência à compressão aos 7 dias, custo 4,50%
mais baixo se comparado ao valor atingido por Nan Su
et al.
, 2001
[1] e 14,5% menor que o resultado alcançado por Repette-Melo,
2005 [2].
Figura 7 – Resistência à compressão aos “j” dias
para um mesmo traço unitário 1:4,28
Figura 8 – comparativo de custo para uma mesma
faixa de resistência à compressão aos “j” dias