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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 4
A. E. P. G. A. JACINTHO | V. P. SILVA | J. A. V. REQUENA | R. C. C. LINTZ
| L. A. G. BARBOSA | L. L. PIMENTEL
No que se refere à aplicação de carga nos pilares dentro do
forno, pôde-se concluir que o nível de carregamento aplicado
não interferiu nas temperaturas finais atingidas pelo núcleo
de concreto e nem na sua capacidade resistente residual.
Nos ensaios onde o diâmetro do tubo é o mesmo, mas as
espessuras são diferentes, pôde-se observar que a tempe-
ratura máxima na interface entre o tubo metálico e o con-
creto foi menor, quanto maior a espessura. Isto também foi
observado na análise numérica para todos os modelos C6 e
C8, com diâmetro de 114,3mm. Verificou-se também que o
diâmetro influenciou a temperatura final no núcleo de concre-
to, quando foram comparados os resultados desses mesmos
modelos citados.
Os pilares mistos com tubos de aço de diâmetros maiores
(141,3mm) apresentaram resistências de início de escoamen-
to inferior aquelas dos tubos de menor diâmetro (114,3mm)
mas com mesma espessura. Isto aconteceu para os ensaios
com 60 minutos de exposição.
Os resultados numéricos ficaram próximos dos experimen-
tais com relação aos seguintes pontos da seção transversal
analisados: no aço na parte externa do modelo e no núcleo
de concreto, evidenciando que os coeficientes utilizados pelo
programa e balizados pela norma BS EN 1994[7] e [8], foram
adequados para a análise teórica.
Os resultados obtidos para a interface entre o aço e o con-
creto divergem um pouco entre a análise numérica e os da-
dos experimentais. A explicação para esta divergência pode
estar no fato de que a medida experimental foi feita colo-
cando-se o termopar de fora para dentro do modelo, em um
furo efetuado no tubo metálico antes da concretagem. Dessa
forma o termopar ficava encostado no concreto.
8. Agradecimentos
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo pelo
financiamento do Projeto de Auxílio à Pesquisa que financiou a
parte experimental deste trabalho e também pelo Projeto Temáti-
co do mesmo órgão que deu condições de prosseguimento com
a pesquisa.
9. Referências
[01] INTERNATIONAL STANDARDIZATION FOR
ORGANIZATION – Fire resistance tests – Elements
of building construction. ISO 834. Genève. 1994.
[02] ANDERBERG, Y.; TCD 5.0 - User’s Manual. Fire
Safety Design, Lund, 1997.
[03] SIMÕES, R. (2008). Efeito do confinamento em
pilares misto curtos de aço e concreto. [Effect of
confinement on short composite columns of steel and
concrete]. Master’s Dissertation. FEC-UNICAMP.
São Paulo.
[04] KODUR, V.K.R. Performance-based fire resistance
design of concrete-filled steel columns. Journal of
Constructional Steel Research 51 (1999) 21-36.
[05] ARAÚJO, C.J.R.V. (2008). Estudo experimental do
efeito do fogo em pilares mistos curtos de aço e
concreto. [Experimental study of the effect of fire on
composite columns of steel and concrete]. Master’s
Dissertation. FEC-UNICAMP. São Paulo.
[06] HAN, L.N. et al. Compressive and flexural behaviour
of concrete filled steel tubes after exposure to
standard fire. Journal of Constructional Steel
Research 61 (2005) 882-901.
[07] EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION
(CEN). Eurocode 4: Design of composite steel and
concrete structures – part 1.2: General rules –
Structural fire design. prEN 1994-1-2. CEN: Brussels,
2005.
[08] EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION.
Eurocode 4: Design of composite steel and concrete
structures - part 1-1: General rules and rules for
buildings. prEN 1994-1-1 CEN: Brussels, 2001.
Figura 20 – Temperaturas atingidas no aço, na interface e no núcleo de concreto
para todos os modelos