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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 5
Influence of the type of measuring device in determininging the static modulus of elasticity of concrete
variação foi de 6,6%. No medidor de deformação compressômetro
mecânico (CM) apresentaram média de 27,4 GPa e o coeficiente
de variação foi de 6,2%. Já, no medidor de deformação extensô-
metro elétrico de fixação externa (EEFE), os resultados de módulo
de elasticidade apresentaram média de 26,8 GPa e o coeficiente
de variação foi de 12,9%. No medidor de deformação LVDT apre-
sentaram média de 22,0 GPa e o coeficiente de variação foi de
11,3%. Quanto à dimensão 150 mm x 300 mm, verificou-se que
apresentou maior dispersão nos medidores de deformação exten-
sômetro elétrico de fixação externa (EEFE) e LVDT.
4. Considerações finais
As considerações finais retiradas da análise dos resultados expos-
tos anteriormente consideraram a influência do tipo de medidor de
deformação, a classe do concreto, a dimensão do corpo de prova.
As principais conclusões deste estudo estão numeradas abaixo:
1. As duas dimensões de corpos de prova estudadas influenciam
os valores do módulo de elasticidade do concreto porque as
médias gerais de módulo estático de elasticidade dos corpos de
prova 100 mm x 200 mm e 150 mm x 300 mm foram respectiva-
mente de 24,4 GPa e 26,2 GPa. Os resultados para o corpo de
prova 150 mm x 300 mm foram 7% maiores em média. Porém,
o valor do módulo de elasticidade apresenta pequenas varia-
ções apuradas dentro dos limites de tolerância estipulados pelo
item 8.2 da ABNT NBR 8522:2008 [3], que admite variações de
resultados que não sejam maiores que 10%.
2. O medidor de deformação tipo extensômetro elétrico de cola-
gem superficial apresenta resultado semelhante ao medidor
de deformação compressômetro mecânico, pois as médias
gerais dos medidores de deformação tipo extensômetro elétri-
co de colagem superficial e compressômetro mecânico foram
respectivamente de 27,6 GPa e 27,5 GPa, e as médias gerais
dos medidores de deformação tipo extensômetro elétrico de
fixação externa e LVDT (transdutor diferencial de variação li-
near) foram respectivamente de 26,3 GPa e 19,8 GPa.
3. Quanto à dimensão 100 mm x 200 mm, verificou-se que os
resultados apresentaram maior dispersão nos medidores de
deformação compressômetro mecânico e LVDT. Quanto à di-
mensão 150 mm x 300 mm, verificou-se que apresentou maior
dispersão nos medidores de deformação extensômetro elétri-
co de fixação externa (EEFE) e LVDT.
4. Para as duas classes de concreto, verificou-se que os corpos
de prova com dimensão 100 mm x 200 mm apresentaram
maior dispersão em relação aos corpos de prova com dimen-
são 150 mm x 300 mm. Os corpos de prova com dimensão
150 mm x 300 mm se comportaram melhor com menor coefi-
ciente de variação no ensaio de módulo de elasticidade.
5. Tanto o compressômetro mecânico como o extensômetro elé-
trico de colagem superficial forneceram leituras de deformação
maiores quando comparadas aos medidores extensômetro
elétrico de fixação externa e muito maiores que os resultados
obtidos usando LVDT.
6. O LVDT indica resultados de módulo de deformação menores
que aqueles obtidos com o uso dos outros três tipos de medi-
dores de deformação. De um modo geral, o LVDT foi conside-
rado o menos preciso (maior coeficiente de variação entre os
4 medidores analisados), e o mais difícil de ser utilizado devido
à leitura das deformações ser analógica, à necessidade cons-
tante de manutenção, à fragilidade do aparelho, à dificuldade
de calibração e ao controle manual das leituras pelo operador.
7. Em geral, os dois medidores extensômetros elétricos tiveram
leituras mais consistentes e os menores coeficientes de va-
riação, e mostraram vantagens importantes como a menor
necessidade de influência externa no decorrer do ensaio e
minimização da possibilidade de erros de leitura por parte do
operador. No caso do extensômetro elétrico de colagem su-
perficial, na colagem do mesmo na superfície do concreto, vá-
rios aspectos devem ser resguardados para preservar as leitu-
ras de deformações, dificultando o uso. Além disso, esse tipo
de extensômetro colado deve ser descartado após o ensaio,
não servindo para uma segunda colagem, o que aumenta o
custo dos ensaios. O extensômetro elétrico de fixação externa
tem a vantagem de fornecer medidas de deformação longitu-
dinal e transversal, possui mostrador para leitura digital das
deformações e apresenta-se menos susceptível a variações
na calibração. O extensômetro elétrico de fixação externa é
muito prático, pode ser reutilizado várias vezes e sua mon-
tagem junto ao corpo de prova transcorre sem dificuldades e
sem necessidade de grande perícia pelo operador do ensaio.
Os ensaios de módulo de elasticidade com uso de diferentes tipos
de medidores de deformação demonstraram que, mesmo seguin-
do os critérios propostos na ABNT NBR 8522:2008 [3], as varia-
ções nos resultados dos ensaios são relativamente significativas.
5. Agradecimentos
Os autores desejam expressar os sinceros agradecimentos ao La-
boratório Carlos Campos Consultoria e Construções Ltda., ao La-
boratório de Furnas Centrais Elétricas, à Realmix Concreto S.A.,
ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológi-
co – CNPq e ao Procad/CAPES.
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