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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 5
V. J. FERRARI | J. B. DE HANAI
2.2 Compósitos analisados
Foram analisados treze distintos compósitos formados a partir da
variação do volume e do tipo de fibras de aço. Eles foram divididos
em grupos formados por três prismas (150 mm x 150 mm x 500
mm) moldados com as mesmas características.
Na Tabela [1] apresentam-se os diferentes compósitos analisados
com informações sobre a composição do traço utilizado, consumo
de cimento, volume de fibras de aço e do módulo de elasticidade
(E
cs
). Esses foram divididos em duas etapas conforme o tipo de
matriz cimentícia utilizada, argamassa e microconcreto. A fibra de
aço aqui especificada simplesmente por “A”, tem nome comercial
FS8-Wirand
, foi fornecida pela empresa
Maccaferri – América La-
tina
, possui um comprimento de 25mm com ganchos nas extremi-
dades e um diâmetro de 0,75mm. Já a fibra “C”, que foi fornecida
pelo mesmo fabricante, tem um comprimento de apenas 13mm,
ganchos nas extremidades e um diâmetro de 0,75mm.
2.3 Resultados dos ensaios de flexão em três pontos
2.3.1 Forças e resistências
A determinação da tenacidade flexional dos compósitos foi feita
seguindo-se as recomendações prescritas pelo grupo de trabalho
TC 162-TDF da RILEM. Na Tabela [2] apresentam-se os valores de
forças e resistência calculados com base nessas recomendações.
Para os compósitos de argamassa a adição de fibras sempre au-
mentou o valor da resistência (f
fct,L
) assim, pode-se dizer que para
esses compósitos a contribuição da matriz em termos de resis-
tência foi incrementada com a incorporação de fibras de aço. Os
compósitos híbridos com adição de microfibras de aço do tipo C
às fibras do tipo A, foram os que apresentaram maiores valores de
resistência (f
fct,L
) entre todos os CCAD de argamassa analisados.
Para os CCAD de microconcreto o valor da resistência (f
fct,L
) do com-
pósito CPM1A diminuiu em relação ao compósito CPM. Isso mos-
tra que a presença isolada da fibra A não melhorou a contribuição
da matriz de microconcreto em termos dessa resistência. Entretan-
to, com a incorporação das microfibras de aço às fibras do tipo A,
Assim, com o objetivo de melhorar o comportamento do compó-
sito cimentício na fase pré-pico de resistência, estuda-se neste
item o efeito da incorporação de microfibras de aço às fibras de
aço convencionais, numa tentativa de modificar o compósito em
sua microestrutura e conseqüentemente melhorar o processo de
transferência de tensões da matriz para as fibras.
2.1 Configuração do ensaio
Para avaliar o comportamento à tração na flexão dos CCAD foram
realizados ensaios de flexão em três pontos em corpos-de-prova
prismáticos dotados de entalhe central reto passante conforme
as recomendações da RILEM TC 162-TDF [7]. Na Figura [3] é
possível observar o aspecto geral da configuração do ensaio. Os
ensaios foram conduzidos sob o controle dos deslocamentos de
abertura da entrada do entalhe (CMOD –
crack mouth opening dis-
placement
), utilizando-se para tanto um extensômetro elétrico do
tipo
clip gauge
.
Fig�ra � � �igas de concreto armado com banzo tracionado danificado por corrosão (Ferrari [5])
����r� � � �onf���r��ão �er�l do ens��o
de flexão em três pontos
150mm
150mm
450mm
barra metálica
esfera de aço
P
P
clip gauge
transdutor
yoke
entalhe