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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 5
V. J. FERRARI | J. B. DE HANAI
verificou-se aumento no valor da resistência f
fct,L
. Essa tendência foi
verificada nos compósitos CPM1A1C e CPM1A2C, nos quais, a re-
sistência foi respectivamente, de 28% e 37%maior do que a do CPM.
Os valores das resistências f
eq,2
e f
eq,3
, caracterizam o comporta-
mento dos compósitos em relação ao desempenho das fibras.
Logo, destaca-se entre os CCAD de argamassa, o desempenho
dos compósitos CPA1.5A, CPA2A, CPA1.5A0.5C, CPA1.5A1.5C
e CPA1.5A2.5C e, entre os CCAD de microconcreto, somente o
compósito CPM1A2C. Nesses compósitos, a ação das fibras de
aço elevou o nível de resistência do material de forma que a re-
sistência flexional equivalente (f
eq,2
) superou o valor de resistência
dado pela contribuição apenas da matriz (f
fct,L
).
2.3.2 Curvas P-CMOD
Para representar o comportamento de cada compósito, selecio-
nou-se dentre as três curvas obtidas por grupo, a curva “média”,
que é aquela de comportamento intermediário que possa ser re-
presentativo das outras duas curvas do grupo.
Nos compósitos CPA1.5A2.5C, CPA1.5A3.5C e CPM1A1C, por
conta do desempenho distinto entre as três curvas de cada grupo,
selecionou-se ao invés da curva “média”, a curva de “maior poten-
cial” para representação desses compósitos. A curva “potencial”
é aquela que representa o comportamento do exemplar do grupo
que demonstrou maior ductilidade e resistência.
Na Figura [4] reúnem-se as curvas “médias” P-CMOD dos CCAD de
argamassa e de microconcreto, respectivamente. O comportamento
desigual entre as curvas acentuou-se mais notavelmente após a rup-
tura da matriz, ou seja, quando a contribuição das fibras passar a ser
mais efetiva. O aumento no volume de fibras A, proporcionou melhora
gradual na ductilidade desses compósitos. Sobremaneira, a incorpora-
ção das microfibras C às fibras A contribuiu ainda mais nesse sentido.
2.3.3 Curvas de Resistência ao Fraturamento
As curvas de resistência obtidas para os compósitos de arga-
massa CPA1.5A1.5C e CPA1.5A2.5C são comparadas com a do
microconcreto CPM1A2C na Figura [5], onde K
R
é a resistência
ao fraturamento e α é a profundidade da fissura (a) normalizada
relativamente à altura (W) do corpo-de-prova prismático, ou seja,
α = a/W. Na figura são representadas também as curvas de re-
sistência da matriz de argamassa e de microconcreto sem fibras
juntamente com os históricos de carregamento ao longo do pro-
cesso de ruptura.
Comomostra a figura [5], a partir do ponto emque se inicia o processo
de crescimento de fissuras na matriz dos compósitos CPA1.5A1.5C,
CPA1.5A2.5C e CPM1A2C, observa-se um aumento eminente da
resistência ao fraturamento desses materiais. Por exemplo, analisan-
do-se a ponta da fissura a 70% da altura da seção, infere-se que a
resistência ao fraturamento alcança valores até quatro vezes superio-
res àqueles verificados à 1/3 da altura da seção.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
0,0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2,1
CMOD (mm)
P (kN)
CPA
CPA1A
CPA1.5A
CPA2A
CPA1.5A0.5C
CPA1.5A1.5C
CPA1.5A2.5C
CPA1.5A3.5C
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
0,0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2,1
CMOD (mm)
P (kN)
CPM
CPM1A
CPM1A1C
CPM1A2C
CPM1A2.5C
�i���� � � �s���m�ti����o do d�s�mp���o
dos compósitos
CPM
CPA
Curva P-
CPA1.5A2.5C
Curva P-
CPM1A2C
CPA1.5A2.5C
CPM1A2C
600
500
400
300
200
100
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
(daN.cm ) ; P x 4 (daN)
R
K
CPA1.5A1.5C
CPA1.5A1.5C
Curva P-
crescimento da fissura
ponto A