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IBRACON Structures and Materials Journal • 2013 • vol. 6 • nº 2
Ready mixed concrete: variability analysis of the compressive strength and physical properties along
the unloading of the truck mixer
entre os pontos, e outros perfis com altos percentuais de variação,
da ordem de 10%, ao longo dos cinco pontos amostrais.
Na tabela 2 é apresentado um resumo, com o percentual de ocor-
rências, das variações de resistência à compressão de cada ponto
em relação ao central, onde percebe-se que mais de 85% das
ocorrências estão concentradas nas faixas de ±5% em relação ao
ponto central. É possível notar também que há uma tendência de
concentração de valores em que a resistência é superior a P3.
Baseado em tais resultados de resistência à compressão não é
possível afirmar que as amostras retiradas conforme o preconizado
pela NBR 7212 [9] e NBR NM33 [10], em que se excluem os 15%
iniciais e finais do volume total de concreto da betoneira para fins
de ensaio, tenham a melhor representação do concreto, visto que
nem sempre estes pontos apresentam a maior resistência do lote.
Considerando a recomendação da ABECE [14] em que a variação
de resistência não deve diferir mais de 15% em relação ao ponto
central, tem-se que os lotes atendem plenamente a tal critério.
De modo geral é possível perceber nas figuras 2 a 4 que há uma
tendência de redução do abatimento ao longo dos 5 pontos de
coletas de cada lote, o que fica mais explícito ao visualizar o re-
sumo das variações de consistência de cada ponto em relação ao
central, apresentado na tabela 3.
A partir dos dados da tabela 3 nota-se que as variações de con-
sistência entre os pontos fica mais concentrada na região de ±2
cm, com algumas exceções, e além disso há maior número de
ocorrência de pontos P1 e P2 com consistência maior que P3
e o inverso para os pontos P4 e P5, que normalmente têm um
abatimento menor que o ponto central. Tal fato é devido, pro-
vavelmente, ao tempo de ensaio de cada ponto coletado, visto
que, como já citado anteriormente, as amostras eram utilizadas
na mesma ordem de coleta (ponto 1 ao 5), assim o ponto inicial
era ensaiado primeiro, seguido do segundo, terceiro, quarto e do
último, que permanecia um maior tempo armazenado e tinha um
tempo maior de mistura.
A tabela 4 apresenta o resumo das variações do teor de agregado
graúdo de cada ponto em relação ao ponto intermediário. Avalian-
do o percentual de ocorrências para cada faixa, visualiza-se que
para os pontos P1 e P5 há uma maior concentração de agregado
graúdo que o ponto central, centralizado na faixa de até +5%. O
Tabela 3 – Resumo do percentual de
ocorrência da consistência de cada
ponto em relação ao ponto P3
Faixas
P1
P2
P3
P4
P5
<-4cm 0% 0% 0% 0% 0%
-2-4cm 8% 0% 0% 0% 23%
até -2cm 8% 8% 0% 46% 54%
0
15% 15% 0% 31% 8%
até 2cm 62% 69% 0% 23% 15%
2 a 4cm 8% 8% 0% 0% 0%
>4cm 0% 0% 0% 0% 0%
Tabela 4 – Resumo do percentual de ocorrência
do teor de agregado graúdo de cada
ponto em relação ao ponto P3
Faixas
P1
P2
P3
P4
P5
<-10% 0% 0% -
0% 0%
-5-10% 0% 0% -
0% 0%
até -5% 15% 62% -
62% 38%
até 5% 85% 38% -
38% 54%
5 a 10% 0% 0% -
0% 8%
>10%
0% 0% -
0% 0%
Tabela 5 – análise de variância para resistência à compressão
Fonte da variação
SQ
GL
MQ
Fcalc.
Ftab.
PROB.
SIGN.
Lote
3848,873
12
320,739
155,210
1,827
0,00%
S
Ponto de coleta
16,929
4
4,232
2,048
2,441
9,14%
NS
Interações
217,931
48
4,540
2,197
1,455
0,02% S
Erro
268,644
130
2,066
Total
4352,376
194
Tabela 6 – Análise de variância para teor de agregado graúdo
Fonte da variação
SQ
GL
MQ
Fcalc.
Ftab.
PROB.
SIGN.
Lote
0,079
12
0,007
34,599
1,960
0,00% S
Ponto de coleta
0,003
4
0,001
4,093
2,565
0,62% S
Erro
0,009
48
0,000
Total
0,091
64
1...,27,28,29,30,31,32,33,34,35,36 38,39,40,41,42,43,44,45,46,47,...190