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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 6
Pull Off test to evaluate the compressive strength of concrete: an alternative to Brazilian standard techniques
1. Introdução
Em estruturas de concreto armado, a resistência do concreto é
uma das propriedades mais importantes, sendo um dos parâme-
tros principais usados para seu dimensionamento. Maneiras de
avaliar esta propriedade em estruturas já acabadas e em uso, sem
danos a sua funcionalidade ou aparência, são preocupações de
profissionais de engenharia ao longo dos anos.
Na engenharia civil estão disponiveis diversos métodos de en-
saio para avaliar a resistência do concreto. O ensaio mais utili-
zado é a determinação da resistência à compressão do concreto
aos 28 dias através de compressão simples em corpos de prova
cilíndricos ou prismáticos, sendo o primeiro normalizado no Bra-
sil e Estados Unidos [1, 2] e ambos os formatos normalizados na
Europa [3, 4].
Apesar da facilidade de execução deste tipo de ensaio, tanto em
termos de preparação de amostra quanto na obtenção de resulta-
dos, o ensaio apresenta a limitação de ter de ser planejado antes
da execução das estruturas, não favorecendo inspeções em obras
acabadas, nem o controle do desenvolvimento da resistência do
material ao longo do tempo, caso não seja prevista a moldagem
dos corpos de prova para este fim.
Nas últimas décadas, outros métodos de ensaio foram desenvol-
vidos, os chamados ensaios não destrutivos que, através de pro-
cessos mais rápidos, mais simples e mais econômicos, permitem
obter informação das propriedades do concreto e uma estimativa
da resistência à compressão medida in situ, eliminando a necessi-
dade de extração de muitos corpos de prova para a determinação
da resistência à compressão das obras inspecionadas. Os en-
saios mais populares são os ensaios de esclerometria e de velo-
cidade de ultrassom, sendo estes normalizados no Brasil. Porém,
existem outros como penetração de pinos, “Pull Off”, “Break Off”
e “Pull Out”, que se apresentam como alternativas viáveis [5; 6; 7;
8; 9; 10].
As técnicas não destrutivas produzem pouco ou nenhum dano a
peça inspecionada, podendo ser executadas nas estruturas de
concreto em uso e permitindo a detecção de problemas ainda em
estágios incipientes. Isto pode ser uma vantagem, principalmente
pelo ponto de vista financeiro, pois ao detectar-se um problema
no estágio inicial, pode-se proceder as intervenções necessárias
antes da ruina completa da estrutura.
A escolha do método de ensaio depende de vários fatores como
acesso a estrutura, custo de intervenção, danos causados durante
a execução do ensaio, rapidez de execução, características e o
tipo de avaliação que se pretende realizar [9]. Neste artigo estão
discutidas as técnicas normalizadas no Brasil de esclerometria
[11] e velocidade de propagação de ultrassom [12] além do ensaio
de arrancamento “Pull Off”, ensaio este já normalizado na Europa
pela BS 1881 part. 207 [13].
2. Ensaios não-destrutivos
2.1 Esclerometria
O ensaio não destrutivo mais usado na atualidade é, sem dúvida,
a determinação do índice esclerométrico. O método baseia-se na
medição da dureza superficial do concreto e possui como variá-
Figura 1 – Mecanismo de funcionamento do esclerômetro [14]