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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 3
Pontes de concreto armado: efeitos da corrosão e da variação do módulo de elasticidade do concreto
valores máximos das tensões, que variam entre 6,30 e 6,41 MPa.
As Figuras 19 e 20 mostram as variações das tensões de com-
pressão mínima, média e máxima no topo do tabuleiro, conside-
rando a longarina com taxa geométrica de armadura ρ
3
=2,68%
variável com a corrosão, módulos de deformação longitudinal E
c
e
0,5.E
c
, para a seção trabalhando no Estádio 2 e casos de carrega-
mentos {PERM}, {PERM + φ.TB360} e {PERM + φ.TB450}.
Considerando o caso de carregamento {PERM + φ.TB450}, a ten-
são máxima de compressão varia de 6,41 MPa (Figura 20) com
a armadura não-corroída a 6,98 MPa (Figura 19) com a primeira
camada totalmente corroída, para módulos de deformação 0,5.E
c
e E
c
, respectivamente, o que indica pouca influência da corrosão
da armadura e do módulo de deformação do concreto na variação
de intensidade dessas tensões.
3.3 Tensões de tração na armadura não corroída
No modelo com elementos sólidos (SOL), as tensões de tração
são fornecidas para cada barra, o que facilita na determinação dos
valores médios, máximos e mínimos, conforme apresentado nas
Figuras 21a e 22a, para a seção não fissurada, e 21b e 22b para
a seção fissurada, correspondentes aos carregamentos {PERM} e
{PERM + φ.TB450}.
Observa-se que a existência da fissura na seção altera comple-
tamente a distribuição de tensões nas barras, fazendo com que a
barra mais solicitada, que antes da fissuração pertencia à camada
mais distante da linha neutra (CAM-1), passe a ser uma barra si-
tuada na camada mais próxima dela (CAM-7), efeito causado pela
redistribuição das tensões decorrentes da presença da fissura e
do efeito torcional do posicionamento do trem-tipo. As deforma-
ções oriundas da torção provocam o empenamento da seção, in-
validando a hipótese de manutenção da seção plana.
A Figura 23 apresenta os valores das tensões médias na armadu-
ra obtidos com os modelos (B-C) e (SOL) no Estádio 1 e no Está-
dio 2, para o carregamento {PERM}. No Estádio 2 os resultados
obtidos com os dois modelos e diferentes módulos de elasticidade
são equivalentes. No Estádio 1, entretanto, os valores obtidos com
os dois modelos são também equivalentes mas a variação do mó-
dulo de elasticidade influencia significativamente os valores das
tensões, tanto maiores quanto menores os módulos de elasticida-
Figura 17 – Variação das tensões longitudinais de compressão mínima, média e máxima no topo
do tabuleiro com
ρ
, para os modelos (B-C) e (SOL), no Estádio 2, módulo de
deformação E , com impacto, provocadas por {PERM}, {PERM +
φ
.TB360} e {PERM +
φ
.TB450}
c