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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 3
Pontes de concreto armado: efeitos da corrosão e da variação do módulo de elasticidade do concreto
Figura 19 – Variação das tensões de compressão mínima, média e máxima no topo do tabuleiro
com a corrosão da armadura (
ρ
=2,68%), modelos (B-C) e (SOL), no Estádio 2, módulo de
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deformação E , com impacto, provocadas por {PERM}, {PERM +
φ
.TB360} e {PERM +
φ
.TB450}
c
são superiores aos valores de cálculo do aço CA-24, o que passa
a ocorrer também com as tensões obtidas com o modelo (B-C)
para o trem-tipo TB450.
Para as seções onde a primeira camada de armadura apresen-
ta uma corrosão de 100% as tensões de tração nas barras mais
solicitadas do modelo (SOL), obtidas com os trens-tipo TB360 e
TB450, são superiores aos valores de cálculo do aço CA-24, o que
passa a ocorrer também com as tensões obtidas com o modelo
(B-C) para os trens-tipo TB-360 e TB450.
Considerando o caso de carregamento {PERM + φ.TB450} e
módulo de deformação E
c
, a tensão máxima de tração varia de
280,88 MPa com a armadura não-corroída a 319,82 MPa com a
primeira camada totalmente corroída, o que corresponde a um
acréscimo de 13,9% na intensidade da tensão, para uma redução
de 20,9% da taxa de armadura decorrente da corrosão total da
primeira camada. Com o módulo de deformação 0,5.E
c
a tensão
máxima de tração varia de 272,51 MPa com a armadura não cor-
roída a 352,73 MPa com a primeira camada totalmente corroída,
correspondente a um acréscimo de 29,4%. Nestes casos, a ten-
são máxima nas barras supera o valor de cálculo correspondente
ao aço CA-24, mesmo considerando a armadura íntegra, eviden-
ciando que essas pontes não atendem às exigências impostas
pelo trem-tipo vigente.
4. Conclusões
Com o exposto, pode-se concluir que as tensões de compressão
no concreto, oriundas da flexão, são pouco influenciadas pela fis-
suração, pela variação do módulo de elasticidade do concreto e
pela corrosão da primeira camada da armadura. Na pior situação,
o nível máximo de tensão no concreto comprimido atingiu 37,7%
da resistência característica arbitrada ou a 52,8% de sua resis-
tência de cálculo. Para as pontes mais antigas, com resistência
do concreto da mesma ordem de grandeza do valor arbitrado, os
resultados obtidos permitem concluir não serem as tensões de
compressão no concreto motivo de maiores preocupações. Para
as pontes novas, as exigências quanto à durabilidade exigem ado-
ção de concretos com resistências características muito mais ele-
vadas, o que para os mesmos níveis de solicitação garante maior
reserva de segurança.