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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 3
Post-strengthening of reinforced concrete beams with prestressed CFRP strips.
Part 1: Analysis under static loading.
tes da aplicação na viga que receberá o reforço e, neste caso, a
protensão é realizada por reação contra a viga que receberá o
reforço, já que o equipamento que aplica a tensão nos laminados
é fixado diretamente na viga.
Com referência às perdas imediatas por encurtamento elástico do
concreto no momento em que a força de protensão é aliviada, es-
sas poderiam ser desprezadas quando somente um laminado for
protendido pelo processo desenvolvido por Stoecklin e Meier [12],
já que o aparelho usado para protender o laminado é preso na pró-
pria viga e, portanto, a protensão é realizada por reação contra a
viga que receberá o reforço. Entretanto, quando são aplicados la-
minados de forma sucessiva, as subseqüentes deformações sofri-
das pelo concreto para aplicação dos demais laminados causarão
perdas por encurtamento elástico do concreto nos laminados já
ancorados. Efetivamente, todas as vezes que o concreto encurtar,
os laminados que já estão aplicados também encurtarão e, assim,
perderão uma parte da deformação inicial aplicada.
2.4 Rupturas em vigas forçadas com laminados
de PRF protendidos quando submetidas
a carregamento estático
Segundo Hollaway [14], a anisotropia dos materiais compósitos
causa um complexo mecanismo de ruptura, que pode se carac-
terizar por extensivos danos nos compósitos quando submetidos
a carregamentos estáticos ou cíclicos. Os níveis de danos causa-
dos, entretanto, dependem das propriedades dos materiais forma-
dores dos compósitos e do tipo de carregamento aplicado.
Modos de ruptura clássicos em estruturas de concreto reforça-
das com PRF incluem a ruptura por esmagamento do concreto à
compressão, escoamento do aço ou esgotamento da resistência
à tração do PRF.
Recentes estudos de Teng et al. [15] relacionam outros possíveis
modos de ruptura prematuros: descolamento interfacial no extre-
mo do reforço, descolamento interfacial induzido por fissuras de
flexão intermediárias e descolamento interfacial induzido por fis-
suras de cisalhamento/flexão intermediárias. Segundo os autores,
as rupturas prematuras podem estar associadas a dois fatores:
n
As altas tensões de interface que surgem nas zonas próximas
à extremidade do reforço e ocasionam o chamado peeling-off.
Figura 5 – Ruptura do PRF devido a movimentações
diferenciais nas bordas de fissuras de flexão
FISSURA
Tabela 1 – Matriz experimental
Denominação
das vigas
Tipo de
reforço
Nível de protensão
aplicado ao
laminado
VT
-
2 laminados
de PRFC
2 laminados
de PRFC
-
-
35% da
e
fu
do laminado
VFC_NP_01
VFC_PE_01
Figura 6 – Detalhamento das vigas ensaiadas