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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 5
P. V. P. SACRAMENTO | M. P. FERREIRA | D. R. C. OLIVEIRA | G. S. S. A. MELO
No entanto, considera-se que cientificamente é importante não se
prender a estes limites, pois o interesse é entender o fenômeno
como um todo e não apenas para as situações mais correntes de
projeto.
Alguns critérios foram estabelecidos para julgar os resultados
obtidos com os métodos teóricos avaliados em comparação com
os resultados experimentais. De uma forma geral, espera-se que
estes métodos atendam a dois princípios básicos: segurança e
precisão. Primordialmente, é desejável que, dentro de uma va-
riação representativa das variáveis de projeto de lajes lisas ou de
lajes com cargas aplicadas em áreas reduzidas, os métodos se-
jam capazes de fornecer resultados a favor da segurança, com um
mínimo de resultados frágeis (contra a segurança). Neste sentido,
estabeleceu-se que um máximo de 5% de resultados contra a se-
gurança seria o ideal. No que se refere à precisão dos resultados
obtidos, ela é avaliada em função da média da razão
P
u
/
V
calc
, sen-
do
P
u
a carga de ruptura experimental e
V
calc
a resistência teórica
estimada por cada método. Para a média, foi estabelecido que:
para valores entre 1,0 < Média < 1,10 o método apresenta nível de
precisão elevado; para valores entre 1,10 < Média < 1,30 o méto-
do apresenta nível de precisão satisfatório; e para valores Média
> 1,30 o método é conservador. O coeficiente de variação (COV)
também foi utilizado para avaliar a precisão dos métodos, porém
sem que tenham sido estabelecidas faixas ideais para os valores,
sendo seus resultados utilizados apenas de forma qualitativa.
A Figura 11 apresenta uma comparação entre os resultados expe-
rimentais com os resultados teóricos obtidos com as recomenda-
ções do ACI 318 [7]. A linha cheia nas figuras representa o nível
da resistência nominal e a linha tracejada representa o nível da
resistência de projeto. Variando-se os parâmetros
f
c
(resistência à
compressão do concreto) e
B
/
d
(diâmetro equivalente do pilar
u
0
/π
dividido pela altura útil
d
da laje) percebe-se que apenas 5% dos
resultados estão contra segurança. Um desses resultados, repre-
sentado pelo ponto sem preenchimento nos gráficos, está abaixo
da resistência de projeto estimada pelo ACI, porém ele refere-se
à laje HSC 9 de Hallgren [17], a qual apresentava pequena taxa
de armadura (0,3%) e, apesar de não ser declarado pelo autor,
possivelmente rompeu por flexão.
A Figura 12 e a Figura 13 apresentam comparações dos resultados
experimentais com as recomendações da NBR 6118 e Eurocode 2,
���u�a �� � Co��a�a��o do �a��o de dados �o� os �esultados do EUROCODE 2 [8]