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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 5
Mechanical behavior analysis of small-scale modeling of ceramic block masonry structures –
Geometries effect
portamento mecânico da alvenaria cerâmica [7 e 8]. Nesses es-
tudos, os blocos possuem diferentes geometrias ou formatos e,
na maioria das vezes, os resultados não podem ser comparados
entre si, em termos de eficiência mecânica devido à diferentes as-
pectos como a natureza heterogênea da mistura, grau de moagem
da cerâmica, disposição dos furos e temperatura de queima. Além
disso, no Brasil, existem muito poucas experiências com a utiliza-
ção de modelos reduzidos, como uma forma de interpretação dos
fenômenos físicos e mecânicos. Portanto, são necessários avan-
ços com o desenvolvimento de pesquisas para subsidiar decisões
técnicas e de novos produtos cerâmicos para a construção civil.
3.1 Influência da resistência do bloco na alvenaria
Os blocos cerâmicos são componentes da alvenaria estrutural que
possuem furos prismáticos ou circulares perpendiculares a face
que os contêm, sendo os mesmos produzidos para serem assen-
tados com o furo na vertical. Os blocos cerâmicos classificam-se
em: bloco cerâmico estrutural de paredes vazadas (a); bloco cerâ-
mico estrutural com paredes maciças (b); bloco cerâmico estrutu-
ral com paredes maciças (paredes internas vazadas) (c); e bloco
cerâmico estrutural perfurado (d), como mostra a Figura 05, [9].
A resistência
à compressão
dos blocos é a principal determinante
da resistência da alvenaria. Como exemplo, se pode utilizar como
referência para essa análise a norma britânica BSI-5628-1 [10],
pois as normas nacionais vigentes não apresentam relações entre
as resistências da alvenaria, bloco e argamassa, citando apenas
que a mesma deva ser determinada com os ensaios experimen-
tais de prismas com três blocos. A BSI-5628-1 [10] apresenta al-
guns gráficos de referência, onde se podem observar as curvas de
crescimento da resistência da parede com a resistência do bloco,
para os diferentes traços de argamassa, conforme a proporção
em volume de cimento, cal e areia (cimento:cal:areia), designados
por:
i
(1:0,25:3),
ii
(1:0,5:4,5),
iii
(1:1:6) e
iv
(1:2:9). Observa-se, na
Figura 06, que o fator de eficiência tende a diminuir com o aumen-
to da resistência do bloco, sendo esse fator maior para os tijolos
do que para os blocos. A BSI-5628-1 [10] trata apenas das dimen-
sões do bloco (altura e largura), sem considerar a geometria, a
disposição dos furos e o formato dos mesmos. Para as paredes
com as relações altura (
h
) pela largura (
l
) entre 0,6 e 2,0, o valor
da resistência à compressão característica deve ser obtida pela
interpolação entre os valores da Figura 06.
3.2 Influência da geometria da unidade na alvenaria
A quantidade de furos, formas e disposiç
ões
podem acarretar, du-
rante a aplicação de carregamentos, concentraç
ões
de tensões no
bloco que levam a alvenaria a reduzir o seu potencial resisten-
te, conforme trabalho realizado por GANESAN e RAMAMURTHY
[11]. Os autores afirmaram que
é
necessário compreender o efei-
to da geometria dos blocos, a fim de aumentar a eficiência das
�igura � � Ti�o de �locos estudados
com as dimensões em milímetros
testados no Building Technology
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