Page 44 - Riem-Vol5_nº6

Basic HTML Version

774
IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 6
Pull Off test to evaluate the compressive strength of concrete: an alternative to Brazilian standard techniques
sando a camada carbonatada, eliminando este fator de influência
nas medidas. Quanto ao custo do equipamento empregado, ele é
da ordem do equipamento de ultrassom, ou seja, é mais caro do
que o esclerômetro de reflexão.
Como desvantagem, pode ser citada a necessidade de reparos
nos locais onde foram executados os ensaios, uma vez que o con-
creto sofrerá fratura local na superfície. Também deve-se consi-
derar o tempo de espera necessário para a cura da resina usada
na colagem do disco antes da aplicação da carga que pode variar
entre 1,5 h e 24 h dependendo do tipo de cola adotada. A resina
empregada com maior frequência é o epóxi. Outro ponto limitante
para aplicação deste ensaio é a impossibilidade de sua execução
em concretos de alta resistência, devido a limitação de carga dos
equipamentos disponíveis no mercado. Como exemplo, pode-se
citar o equipamento usado nesta pesquisa que foi um Dyna Z16E
da Proceq com tração máxima de 16 kN, ou seja, para uma pas-
tilha de 5,0 cm, capacidade máxima de tensão de tração de 8,15
MPa. Isso significa que, para este equipamento, seria possível
estimar a resistência à compressão de concretos de até algo em
torno de 80 MPa, considerando que a resistência à tração é em
torno de 10% da resistência à compressão do concreto. Porém,
como os concretos convencionais de hoje em dia apresentam re-
sistência à compressão entre 20 e 35 MPa, pode-se dizer que o
método é apto a ser utilizado na maioria dos casos de aplicação
prática do concreto de cimento Portland.
O intuito deste estudo é comparar a precisão dos três métodos
abordados, uma vez que existem questionamentos sobre as
duas técnicas normalizadas nacionalmente (esclerometria e ul-
trassom). Como exemplo, pode-se citar Evangelista [17] e Castro
[28] que relatam a pouca precisão do ensaio de esclerometria
quando se tenta correlacionar com a resistência à compressão.
Já Grullón et al. [21] relatam a pouca correlação entre a velocida-
Figura 4 – Curva granulométrica do agregado miúdo
Figura 5 – Curva granulométrica do agregado graúdo