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IBRACON Structures and Materials Journal • 2013 • vol. 6 • nº 1
D. M. OLIVEIRA | N. A. SILVA | C. F. BREMER | H. INOUE
modeladas (diferentemente dos modelos 1 e 2, nos quais as lajes
são representadas através de elementos de casca). Em todos os
modelos, a rigidez à torção das vigas foi reduzida, reproduzindo o
efeito da fissuração.
A tabela [1] resume as principais características dos modelos
empregados.
5.2 Considerações de projeto
As ações atuantes nos edifícios dividem-se em dois grupos: as
ações verticais e as ações horizontais.
As ações verticais são compostas pelas cargas permanentes
e pela carga acidental ou sobrecarga. As cargas permanentes
consideradas foram os pesos próprios das estruturas, as car-
gas de alvenaria e o revestimento das lajes. As cargas aciden-
tais foram determinadas de acordo com as prescrições da NBR
6120:1980 [12].
As principais ações horizontais que devem ser levadas em con-
ta no projeto estrutural são as forças devidas ao vento e as re-
lativas às imperfeições geométricas (desaprumo). No entanto,
de acordo com a NBR 6118:2007 [2], esses carregamentos não
precisam ser superpostos, podendo ser considerado apenas o
mais desfavorável (aquele que provoca o maior momento total
na base da estrutura). Segundo Rodrigues Júnior [13], “para
edifícios altos, assim como no caso da escolha da carga variá-
vel principal, é possível comprovar que, na grande maioria dos
casos práticos, o vento corresponde à situação mais desfavo-
rável”. Dessa forma, neste trabalho, o carregamento horizontal
aplicado às estruturas foi o correspondente à ação do vento,
considerado mais desfavorável que o desaprumo, tanto para a
direção
X
quanto para a direção
Y
. Vale ressaltar que as forças
de arrasto foram calculadas de acordo com as prescrições da
NBR 6123:1988 [14].
Os coeficientes aplicados às ações, definidos a partir da combi-
nação última normal que considera o vento como a ação variá-
vel principal, foram determinados segundo as recomendações da
NBR 6118:2007 [2].
Figura 6 – Modelo laje-viga
utilizando o elemento “beam 4”
EIXO DAVIGA =
PLANO MÉDIO DA LAJE
Tabela 1 – Características principais dos modelos empregados
Modelo
Elementos
adotados
Representação
das lajes
Consideração da excentricidade existente
entre o eixo da viga e o plano médio da laje
1
“beam 4”, “beam 44”
e “shell 63”
Elementos de casca
Sim
2
“beam 4” e
“shell 63”
Elementos de casca
Não
3
“beam 4”
Diafragma rígido
Não
4
“beam 4”
-
Não
5
“beam 4” e
“beam 44”
-
Sim
Tabela 2 – Valores de
obtidos para os edifícios I e II, considerando todos os modelos utilizados
z
Modelo
Edifício I
Edifício II
Direção X
Direção Y
Direção X
Direção Y
1
1,09
1,06
1,20
1,08
2
1,18
1,14
1,31
1,15
3
1,19
1,14
1,32
1,16
4
1,19
1,14
1,32
1,16
5
1,19
1,14
1,32
1,16