Page 181 - Riem-Vol6_nº1

Basic HTML Version

175
IBRACON Structures and Materials Journal • 2013 • vol. 6 • nº 1
T. E.T. BUTTIGNOL | L.C. ALMEIDA
Nos três modelos houve concentração de tensões na região da
estaca mais próxima do pilar, comprovando a afirmação de Dela-
libera [6] de que, nas regiões nodais inferiores, a distribuição de
tensões das bielas comprimidas para a cabeça das estacas não
é uniforme.
O aumento da resistência característica à compressão do concre-
to provocou um aumento proporcional na intensidade das tensões
de compressão atuantes nas bielas, como demonstra a Tabela
9. O aumento da resistência à compressão do concreto de 30
MPa para 40 MPa (+33,33%) levou a um aumento percentual de
38,09% nas tensões atuantes nas bielas. No entanto, como se
pode notar na Figura 8, não houve uma alteração perceptível no
fluxo de tensões atuantes nos blocos.
Já nas regiões nodais, nos três modelos, as tensões nas regiões
nodais inferiores ultrapassaram a resistência característica à com-
pressão, indicando a ocorrência de ruptura do concreto, como
mostra a Tabela 10.
Também houve desenvolvimento de tensões de tração nas regi-
ões nodais e nas bielas que atingiram valores superiores à re-
sistência característica à tração do concreto, como mostrado na
Tabela 11, comprovando o fendilhamento do bloco.
3.4 Tensões atuantes nos tirantes
As barras de aço dos tirantes atingiram o escoamento na força
última nos três modelos analisados.
Além disso, houve redução abrupta das tensões de tração dos
tirantes nas regiões nodais inferiores devido à ação favorável das
tensões de compressão das bielas sobre as barras de aço. A partir
das Figuras 9, 10 e 11, pode-se observar que, no vão entre as
estacas, as tensões de tração nas barras de aço dos tirantes são
praticamente constantes com valores da ordem de 590 MPa. No
entanto, a partir do início da zona nodal inferior, as tensões so-
freram grande redução, chegando nas extremidades das barras
de aço e nos ganchos com valores muito baixos, da ordem de 5
Figura 8 – Fluxo de tensões principais de compressão (ATENA)
Tabela 9 – Variação das tensões nas bielas comprimidas (

) em função do f
c
ck
Variação da tensão
de compressão
nas bielas
Bloco sobre
estacas
f
ck
f
ck
Tensão nas bielas
(
)
c

c
Modelo 1
30 MPa
-
21 MPa
-
Modelo 2
35 MPa
16,66%
25 Mpa
19,05%
Modelo 3
40 MPa
14,28%
29 MPa
16,00%
Tabela 10 – Tensões de compressão
nas regiões nodais na força última
Tensão de
compressão
(MPa)
Bloco
sobre
estacas
Região
nodal
inferior
Região
nodal
superior
Modelo 1
> 30
24
Modelo 2
> 35
28
Modelo 3
> 40
30
Tabela 11 – Tensões de tração atuantes
no bloco na força última
Tensões de tração
(MPa)
Modelo 1
> 2,58
Modelo 2
> 2,86
Modelo 3
> 3,13