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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 6
Numerical simulation of the mechanical performance of deep beam
tos verticais, figura 7.b, haja vista o afundamento mais pronuncia-
do na região situada abaixo da carga, naturalmente, resultando
para a linha horizontal do topo da viga, figura 8, curvatura de con-
cavidade voltada para baixo, nas proximidades do centro do vão.
As curvas da figura 9 confirmam a incidência das referidas ten-
sões de tração. Observe-se que, pouco abaixo do topo da viga as
tensões passam a ser de compressão, assumindo valor máximo
da ordem de 4,7 MPa, no ponto distante de 1,80 m do seu bordo
inferior. Verifica-se ainda que, no ponto situado a 1,20 m daquele
bordo, a tensão volta a se anular passando, daí em diante, a ser
de tração, atingindo valor de 1,1 MPa, a uma distância de 1,00
m dos bordos. Dá-se, portanto, o estabelecimento de duas linhas
neutras na seção em análise.
Para a seção situada a 0,40 m do centro do vão, observa-se que
a tensão de compressão horizontal máxima incide na área locali-
zada imediatamente abaixo da superfície de aplicação da carga,
figura 10. Sua intensidade é da ordem de 15,7 MPa. Constata-
-se, inclusive, a ocorrência de tensão horizontal máxima de tração
no ponto distante de 0,60 m do bordo inferior, com magnitude de
aproximadamente 1,0 MPa, enquanto que no próprio bordo infe-
rior sua intensidade é de aproximadamente 0,35 MPa. A compa-
ração desses valores induz, em primeira instância, à dedução de
que o primeiro ponto está mais solicitado que o segundo. Entre-
tanto, analisando-se a evolução das tensões com a carga, figuras
11, constata-se que, para a carga final, o ponto do bordo inferior
já se encontra no ramo descendente da curva, ao passo que o
ponto situado a 0,60 m daquele bordo mantém-se em seu ramo
ascendente.
Ademais, analisando-se o campo de tensões verticais, figura 6.b,
constata-se, como era de se esperar, concentração de tensões
nas regiões de aplicação da carga e da vizinhança do apoio. Re-
sultados mais específicos da distribuição de tensões verticais ao
longo da superfície do topo da viga, figura 12, elucidam o quão
drástica é a citada concentração, quando se constata que toda a
tensão se restringe, praticamente, à vizinhança imediata da carga,
atingindo em seu centro, intensidade de 25 MPa. Em justo acordo
com a envoltória de tensões adotada no presente trabalho, este
valor, 25% superior à resistência à compressão uniaxial do con-
Figura 12 – Distribuição da tensão vertical
segundo a direção longitudinal
Figura 13 – Tensões horizontais com
a carga em x = 0,00 m
Figura 14 – Curva carga-deformação
em x = 0,00 m e y = 2,00 m
Figura 15 – Treliça modelo