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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 6
E. PEREIRA | M. H. F. de MEDEIROS
ram previamente carregados com 15% da sua resistência máxima
e a determinação dos índices esclerométricos foi executada.
Em cada corpo de prova, tanto cilíndrico quanto prismático, nove
leituras do índice esclerométrico foram realizadas. A Figura 7(a)
apresenta a execução do ensaio em um corpo de prova. No caso
de ensaio em cilíndros, cada corpo de prova foi dividido em três
partes de 120° onde em cada uma delas realizou-se três leituras,
sendo uma no centro, uma na extremidade superior e a outra na
extremidade inferior do corpo de prova [Figura 7(b)]. Nos corpos
de prova prismáticos as nove leituras foram feitas na mesma face,
conforme pode ser verificado no esquema da Figura 7(c).
3.6 Ensaios de resistência à compressão simples
Após a execução dos ensaio de esclerometria e velocidade de
ultrassom, os corpos de prova cilíndricos e prismáticos foram en-
saiados à compressão simples. Para o capeamento dos corpos de
prova foi utilizado pasta de enxofre. A prensa empregada foi uma
prensa EMIC, com controle de velocidade de aplicação de carga.
Os ensaios de compressão simples em corpos de prova cilíndri-
cos foram realizados seguindo os procedimentos propostos na
NBR 5739 [1] [Figura 8(a)]. Os ensaios de compressão em corpos
de prova cúbicos foram executados conforme a BS 12390-3 [3]
[Figura 8(b)]. Para ambos os ensaios adotou-se a velocidade de
carga de 0,4 MPa/s.
A resistência à compressão do concreto adotada para os ensaios
realizados foi a média dos resultados dos seis corpos de prova
ensaiados em cada caso.
3.7 Ensaios “Pull Off”
O ensaio de “Pull Off” aplicado a concreto não é normalizado no
Brasil, sendo neste trabalho adotadas as recomendações da BS
1881: parte 207 [13]. Por este método, a tração é transmitida axial-
mente a uma pastilha metálica colada previamente na superfície
do concreto. Depois de decorrido o tempo suficiente de cura da
Tabela 3 – Valores obtidos nos ensaios não destrutivos e de compressão
simples em corpos de prova cilíndricos e prismáticos
Concreto
Concreto
Corpos de prova de 15 x 15 x 15
Esclerometria
Esclerometria
Ultrassom
Ultrassom
Pull Off
Pull Off
Compressão
Compressão
(MPa)
(MPa)
(MPa)
(MPa)
(MPa)
(MPa)
(MPa)
(MPa)
Pobre
31
4511,2
1,91
30,32
Intermediário
38
4635,2
2,8
37,83
Rico
40
4702,5
3,08
44,63
Corpos de prova de 15 x 30
Pobre
37
4570,5
1,91
30,00
Intermediário
36
4613,8
2,8
38,87
Rico
46
4641,5
3,08
45,73
resina epóxi usada na colagem das pastilhas, uma força de tração
é aplicada a este disco usando-se um sistema mecânico portátil
[Figura 3(a)]. O aumento gradual da tensão pode ser observado
diretamente numa escala (MPa), e a tensão máxima é registrada,
assim que se dá o arrancamento do concreto. O equipamento uti-
lizado para a realização dos ensaios de arrancamento foi o Dyna
Z 16E da Proceq [Figura 3(b)].
Para a execução do ensaio de “Pull Off” utilizou-se placas de con-
creto de 55 cm x 55 cm x 20cm moldadas em laboratório com o
mesmo concreto usado nos corpos de prova para ensaio de resis-
tência, sendo realizadas nove leituras em cada placa. O número
de leituras em cada placa foi definido por recomendações da BS
1881: Parte 207 [13]. Outro ponto determinante no dimensiona-
mento das placas deve-se a recomedação da norma de que os
discos devam ser colados a uma distância mínima de dois diâ-
metros uns dos outros e também posicionados a uma distância
Figura 9 – Correlação entre os ensaios de
esclerometria e resistência à compressão em
corpos de prova cilíndricos e prismáticos