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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 5
P. V. P. SACRAMENTO | M. P. FERREIRA | D. R. C. OLIVEIRA | G. S. S. A. MELO
cisam de ajustes. Muitas poderiam ser as propostas, mas sem dú-
vidas a que requer menor nível de mudança e que poderia eliminar
essa tendência de resultados inseguros seria alterar o coeficiente
0,18 para 0,16 na Equação 3. Esta pequena mudança aumentaria
a média para 1,14, mesmo valor da TFCC, não mudaria o coefi-
ciente de variação, e, principalmente, reduziria o percentual de
resultados inseguros de 47,3% para 9,5%, deixando os resultados
desta norma semelhantes aos da TFCC.
7. Conclusões
Vários aspectos do desenvolvimento do sistema de lajes lisas e
dos parâmetros que influenciam na resistência à punção foram
discutidos neste artigo. Foram apresentadas também as re-
comendações das normas ACI 318 [7], EUROCODE 2 [8] e da
NBR 6118 [9], além da Teoria da Fissura Crítica e Cisalhamento,
conforme apresentada por Muttoni [3] e que é a base das reco-
mendações para a punção apresentadas na nova norma fib Model
Code [4,5]. Para avaliar a precisão e segurança destes diferentes
métodos teóricos, foi montado um banco de dados de resultados
experimentais com 74 lajes lisas sem armadura de cisalhamento.
Figura 1� � Tendência dos resultados segundo diferentes teorias
ACI 318
NBR 6118
Eurocode 2
TFCC
A
C
B
D
Observou-se que, de um modo geral, as recomendações do ACI
estão a favor da segurança, porém são conservadoras, apresen-
tando média subestimando em cerca de 37% a resistência das
lajes analisadas. Esta norma também apresentou um coeficiente
de variação elevado (0,16) para este que é o caso mais simples no
dimensionamento de uma ligação laje-pilar. Já o EC2 apresentou
resultados satisfatórios e a favor da segurança, sendo registrada
média da relação
P
u
/
V
calc
de 1,19. Esta norma também apresentou
um coeficiente de variação de 0,14, inferior ao da norma ame-
ricana devido ao fato de considerar a influência de parâmetros
como a taxa de armadura de flexão e o
size effect
, enquanto que
a norma americana considera apenas a resistência à compressão
do concreto.
A Teoria da Fissura Crítica de Cisalhamento vem sendo bastante
discutida pelo meio científico e algumas críticas merecem destaque.
A principal delas, conforme destacado por Ferreira [1], é que do
ponto de vista científico, assumir como hipótese fundamental que
o mecanismo de ruptura por punção ocorre apenas com a rotação
de corpo rígido do segmento de laje externo ao cone de punção
(delimitado pela fissura crítica) contraria evidências experimentais
(na região de ruptura ocorre rotação e deslizamento) e pode condu-