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IBRACON Structures and Materials Journal • 2013 • vol. 6 • nº 1
D. M. OLIVEIRA | N. A. SILVA | C. F. BREMER | H. INOUE
7. Considerações finais
Este trabalho procurou realizar um estudo do coeficiente
g
z
, em-
pregado para indicar a necessidade ou não de se considerar os
efeitos de segunda ordem globais na análise das estruturas de
concreto armado. Para conduzir o estudo, diversos edifícios de
médio porte de concreto armado foram processados utilizando o
programa computacional ANSYS-9.0 [1].
Inicialmente, avaliou-se a influência do modelo estrutural adotado
no cálculo de
g
z
. Com base nos estudos realizados, verificou-se
que análises menos refinadas tendem a fornecer valores de
g
z
mais conservadores. Isto significa que, para estruturas analisadas
Tabela 6 – Valores obtidos para os coeficientes
e B e classificação das estruturas
z
2
Edifício
Direção
Parâmetro
Valor
Classificação
I
X
z
1,19
Estrutura de nós móveis
Estrutura de nós móveis
Estrutura de nós móveis
B
2,méd
1,15
Estrutura muito sensível a
deslocamentos horizontais
Estrutura muito sensível a
deslocamentos horizontais
Estrutura muito sensível a
deslocamentos horizontais
Estrutura muito sensível a
deslocamentos horizontais
B
2,máx
1,28
Y
z
1,14
Estrutura de nós móveis
B
2,méd
1,13
B
2,máx
1,20
II
X
z
1,32
B
2,méd
1,29
B
2,máx
1,47
Y
z
1,16
B
2,méd
1,17
B
2,máx
1,22
III
X
z
1,06
Estrutura de nós fixos
B
2,méd
1,05
Estrutura pouco sensível a
deslocamentos horizontais
B
2,máx
1,07
Y
z
1,32
Estrutura de nós móveis
B
2,méd
1,29
Estrutura muito sensível a
deslocamentos horizontais
B
2,máx
1,44
IV
X = Y
z
1,30
Estrutura de nós móveis
B
2,méd
1,26
Estrutura muito sensível a
deslocamentos horizontais
B
2,máx
1,45
V
X
z
1,17
Estrutura de nós móveis
B
2,méd
1,15
Estrutura muito sensível a
deslocamentos horizontais
B
2,máx
1,23
Y
z
1,28
Estrutura de nós móveis
B
2,méd
1,28
Estrutura muito sensível a
deslocamentos horizontais
B
2,máx
1,35
VI
X
z
1,27
Estrutura de nós móveis
B
2,méd
1,25
Estrutura muito sensível a
deslocamentos horizontais
B
2,máx
1,40
Y
z
1,14
Estrutura de nós móveis
B
2,méd
1,14
Estrutura muito sensível a
deslocamentos horizontais
B
2,máx
1,18
por meio de modelos simplificados, a obtenção de altos valores
de
g
z
não implica necessariamente em efeitos de segunda ordem
significativos. Sendo assim, cabe ao meio técnico, ao adotar
modelos simplificados, estar ciente de que sua utilização pode, em
muitos casos, se mostrar desvantajosa e anti-econômica, resul-
tando em efeitos de segunda ordem bastante relevantes, quando
na realidade não devem ser.
Na prática de projeto, modelos mais sofisticados (nos quais as la-
jes são representadas como elementos de casca e é considerada
a excentricidade existente entre o eixo da viga e o plano médio da
laje), embora envolvam maior trabalho computacional, deveriam
ser preferencialmente utilizados, uma vez que representam com
maior precisão o comportamento real das estruturas e fornecem