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IBRACON Structures and Materials Journal • 2013 • vol. 6 • nº 3
A. P. Martins | J. C. Pizolato Junior | V. L. Belini
maiores erros. O paquímetro digital, por sua vez, apresentou
leituras diretamente no mostrador do instrumento, com a des-
vantagem da necessidade de realizar o posicionamento manual
sobre a fissura no corpo de prova. Os erros de repetibilidade
das medições obtidas no paquímetro digital e no sistema pro-
posto, para cada fase de abertura das fissuras são ilustrados
na Figura 12.
Figura 11 – Comparação de medição entre
o método proposto, método convencional
com escala graduada e paquímetro
digital em 22 medições no corpo de prova
Figura 12 – Erros de repetibilidade de medições
de fissura no corpo de prova. No total,
foram realizadas 22 comparações entre o
paquímetro digital e o método proposto
Figura 13 – Tempo de medições durante 22 estágios de
abertura de fissura para um total de sete fissuras observadas
Os resultados da Figura 12 indicam que os erros na repetibilida-
de do paquímetro digital superaram aqueles apresentados pelo
método automático independente da quantidade de medições re-
alizadas. O paquímetro digital apresentou erro de repetibilidade
entre 4,2 e 4,9 %. Em particular, esses erros foram maiores du-
rante o início de abertura da única fissura observada, na qual as
dimensões de fissura aproximam-se da resolução do paquímetro.
A partir da 9ª medição com o paquímetro digital há um aumento no
erro de repetibilidade devido ao maior índice de fissuras no corpo
de prova avaliado. Em contrapartida, o método proposto obteve
melhores resultados em razão da sua capacidade em detectar
e contar menores quantidades de pixels para a mesma fase de
aumento das fissuras no corpo de prova, apresentando erro de
repetibilidade entre 0,42 e 0,77%.
Uma avaliação do desempenho do método proposto (Figura 13)
demonstra que são necessários nove segundos para capturar e
processar uma imagem com até sete fissuras no corpo de prova,
contra uma média de 235 segundos para o método convencional.
Essas durações correspondem a 22 medições coletadas no mes-
mo corpo de prova.
Observa-se na Figura 13 que o tempo demandado pela medição
convencional até a 8ª medição é inversamente proporcional ao
aumento da abertura da única fissura observada no corpo de pro-
va. Também observa-se que o tempo demandado pela medição
convencional entre a 9ª e 22ª medição é diretamente proporcional
ao aumento do índice de fissuras identificadas no corpo de prova.
A comparação de erro de repetibilidade em relação às dimensões
das fissuras observadas é ilustrada na Figura 14. Nota-se que os
erros apresentados pelo paquímetro digital superam aqueles en-
contrados pelo método automático. Os resultados da Figura 14
indicam que, à medida que a única fissura observada aumenta em
dimensão até a 8ª medição, menores são os erros registrados pelo
método convencional. Esse comportamento ocorreu em razão da
maior facilidade na visualização do aumento da fissura ao longo
do ensaio de compressão.
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