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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 4
B. F. TUTIKIAN | M. PACHECO
(3)
C = f c
0,14
Em que:
C -consumo de cimento em kg/m
3
;
f ‘c -resistência à compressão requerida em MPa.
Com isso, o consumo de cimento foi estabelecido em 393 kg/m
3
.
Com a quantidade de cimento já determinada, deve-se estabele-
cer a relação água/cimento em função das solicitações locais e da
classe de agressividade do ambiente.
Para determinação da quantidade de água a ser adicionada na
mistura, seguiu-se as prescrições da ABNT NBR 6118:2007 [8] e
adotou-se a classe de agressividade do ambiente como III, com
uma relação água/cimento ≤ 0,50, que foi o limite utilizado. Através
da Equação 4, tem-se então a quantidade de água na mistura.
(4)
W
aC
= (
a
/
c
)*
C
Com isso, W
aC
= 196 kg/m³.
O material fino selecionado para dosagem foi a areia fina. Como
já se conhece as quantidades de todos os outros componentes do
CAA, o volume que falta para completar 1 m³ pertence ao material
fino (V
f
) que deve ser encontrado com a Equação 5.
(5)
V
f
= 1 -
W
g
-
Ws
-
C
-
W
aC
- V
ar
1000*G
g
1000*G
s
1000*G
c
1000*G
a
Em que:
G
g
- massa específica do agregado graúdo;
G
s
- massa específica do agregado miúdo;
G
c
- massa específica do cimento;
G
a
- massa específica da água;
V
ar
- quantidade de ar incorporado no CAA em (%).
A partir do resultado obtido, 0,13, aplica-se este valor na Equação
6 e tem-se o resultado final da quantia de areia fina na mistura.
(6)
W
f
=Vf * 1000 * G
af
Em que:
W
f
- quantidade de finos em kg/m³;
G
af
- massa específica do material fino utilizado em kg/m³;
V
f
- volume de finos na mistura.
W
f
= 303 kg/m³, de areia fina na mistura de CAA.
Com a quantidade de todos os agregados definidas e o consumo
de cimento e água obtidos, ainda resta determinar o percentual
de aditivo.
A relação aditivo/aglomerante adotada foi de 0,70% (teor de sóli-
dos e líquidos do aditivo), valor escolhido como parâmetro inicial,
3.1 Apresentação dos Métodos de
dosagem utilizados
3.1.1 Método Nan Su et al [1]
O método é dividido em passos, de acordo com o esquema apre-
sentado na Figura 1. Para definir a quantia de agregados, ado-
ta-se a relação volumétrica entre o agregado miúdo e o total de
agregados (S/t), que, segundo o método, deve variar entre 50% a
57%. A partir desses valores foi fixada uma relação de S/t = 53%
e analisou-se nos ensaios do estado fresco a eficácia da mistura
quanto à autoadensabilidade.
Para composição do agregado graúdo, utilizou-se um percentual
de 60% de brita 25 mm e 40% de brita 19 mm para após empregar
na Equação 1. Este arranjo foi o que apresentou o menor número
de vazios.
(1)
W
g
= PF*W
gL
*(1-S/t)
Em que:
W
g
- quantidade de agregado graúdo em kg/m³;
W
gL
-densidade do agregado graúdo, no estado solto em kg/m³
(1528 kg/m³ para os materiais estudados);
PF -relação, em massa, dos agregados no estado solto e dos
agregados no estado compactado (0,941 para os materiais
estudados);
S/t -relação volumétrica entre o agregado miúdo e o total de agre-
gados, que varia entre 50% e 57% (adotado 53%).
O resultado foi W
g
= 677 kg/m³ de agregado graúdo, sendo 406,20
kg/m³ para a brita de 25 mm e 270,80 kg/m³ a brita de 19 mm.
O agregado miúdo, a areia regular, foi determinada através da
Equação 2.
(2)
W
s
= PF*W
sL
*S/t
Em que:
W
s
-quantidade de agregado miúdo em kg/m³;
W
sL
-densidade do agregado miúdo, no estado solto em kg/m³
(1470 kg/m³ para os materiais estudados);
PF -relação, em massa, dos agregados no estado solto e dos
agregados no estado compactado (0,902 para os materiais
estudados)
S/t -relação volumétrica entre o agregado miúdo e o total de agre-
gados, que varia entre 50% e 57% (adotado 53%).
O resultado foi W
s
= 703 kg/m³ de agregado miúdo.
Com as quantidades de brita e areia regular definidas determina-
-se a quantidade de cimento. Para a obtenção da quantidade de
cimento por m³, primeiramente, tem-se que adotar a resistência à
compressão requerida aos 28 dias em MPa (f ‘c).
A f’c escolhida para o cálculo foi de 55 MPa. Com isso, supõe-se
que a resistência à compressão do CAA aos 28 dias será de 55
MPa. A partir da Equação 3, tem-se então o consumo de cimento
da mistura.