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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 6
T. F. SILVA | J. C. DELLA BELLA
(23)
f
c2
=f
c2max
.
[
2.
(
(
ε
2
ε`
c
)
)
-- -ε
2
ε`
c 2
]
(24)
f
c2max
= f`
c
0,8+170. ε
1
≤
f`
c
A expressão 23 é semelhante àquela sugerida pelo CEB [3] para
o diagrama tensão-deformação do concreto, mudando apenas o
limite de resistência. Neste artigo, se usará os limites propostos
pelo CEB [3], porém interpolados pela equação 24. Desta forma,
tem-se que:
(25)
σ
c
=f
c2max
.
[
2. ( ε
2
ε`
c
) -- -( ε
2
ε`
c
)
2
]
(26)
f
cd2
≤
f
c2max
= f
cd1
0,8+170. ε
1
≤
f
cd1
O limite de deformação adotado neste trabalho será o mesmo
sugerido pelo CEB [3] para peças submetidas a esforços axiais,
sendo que este limite
é de
2‰. Assim, a Figura 3, apresenta o dia-
grama tensão-deformação adotado neste trabalho.
4.1 Verificação da resistência à compressão
do concreto
Como neste trabalho o limite de resistência para o concreto é cal-
culado levando em conta as considerações apresentadas no item
4, a forma de verificar se o esforço de compressão atende esse
limite é diferente daquela apresentada no método baseado nos
critérios de Baumann, pois a capacidade resistente do concreto
agora depende da deformação de tração para a qual a chapa está
submetida no ELU.
Para o caso IV, a verificação do concreto é feita da mesma forma
que apresentada no item 3, pois neste caso não há tração na chapa
e a resistência à compressão do concreto é dada sempre por f
cd1
.
Já para os casos II e III, primeiramente deve-se verificar se:
(27)
σ
c
= n
c
h ≥f
cd1
Como se admite neste estudo que f
cd1
é o limite máximo para a
resistência do concreto à compressão em qualquer caso, se a ine-
quação 27 for satisfeita, conclui-se que a tensão de compressão
no concreto está acima do limite e, sendo assim, deve-se avaliar a
possibilidade do uso de armaduras de compressão. A forma de se
fazer esta avaliação será apresentada posteriormente no item 5.
Para o caso em que a inequação 27 não for satisfeita deve-se
então verificar se:
(28)
σ
c
= n
c
h
≤
f
cd2
Como f
cd2
é o limite inferior para a resistência à compressão do
concreto, se a expressão 28 for satisfeita conclui-se que a ten-
são de compressão no concreto atende ao limite de resistência
imposto e, portanto, não será necessário o uso de armaduras de
compressão. Se as inequações 27 e 28 não forem satisfeitas, por
consequência, tem-se que:
(29)
f
cd2
≤
n
c
h
≤
f
cd1
Neste caso, deve se analisar as deformações na chapa para deter-
minar o limite de resistência a ser utilizado, pois ele dependerá de ε
1
.
4.1.1 Cálculo para determinação do limite de resistência a
compressão do concreto
Neste item tem-se como objetivo encontrar o valor de f
cd2max
. Po-
rém, ele depende da deformação da chapa. Será apresentada
uma forma de cálculo baseada naquela apresentada por Jazra
[12]. Este cálculo é válido para os casos II e III. Como eles são
análogos tendo como diferença apenas o posicionamento da ar-
madura (eixo y para caso II e eixo x para caso III), será descrito
somente aquele para o caso III, sendo que para o caso II será ne-
cessário substituir a equação 30 pela equivalente para
ε
y
e repetir
a mesmo processo. Sendo assim, do círculo de Mohr, tem-se que:
(30)
ε
x
= ε
1
+ε
2
2 +
(
ε
1
-ε
2
2
)
.cos2θ
Figura 3 – Diagrama tensão-deformação adotado