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IBRACON Structures and Materials Journal • 2013 • vol. 6 • nº 3
Numerical and experimental study of a waffle slab designed to serve as a tennis court floor
2.3 Ensaio da estrutura
O ensaio começou a ser realizado 63 dias após a concreta-
gem da estrutura. O carregamento deveria ser realizado em
3 etapas e, a cada etapa de carga finalizada, seriam feitas as
leituras de deformação específica e medidos os deslocamen-
tos verticais. Porém, a carga foi sendo distribuída de maneira
desigual na laje ao longo do tempo, por questões relativas
ao funcionamento da obra. Além disso, algumas áreas da laje
foram utilizadas para armazenar outros tipos de materiais, ge-
rando um carregamento não uniforme (Figuras 7a e b). Desta
forma, optou-se por fazer leituras ao longo do tempo, tendo-se
tomado o cuidado de fazer o registro da carga real aplicada no
instante das leituras. O processo de carregamento da estrutu-
ra durou 87 dias, com um total de 5 leituras. Foram realiza-
dos, também, ensaios complementares para a determinação
do módulo de elasticidade longitudinal do concreto (
E
) e da
resistência característica (
f
ck
). O valor médio do módulo de de-
formação longitudinal do concreto medido experimentalmente
foi E
28
= 28,45 GPa e a resistência média obtida aos 28 dias
foi
f
cj
= 33,27 MPa, correspondendo à uma resistência carac-
terística estimada de
f
ck, estimado
= 30 MPa.
3. Análise numérica
Neste estudo, a análise numérica foi realizada empregando-
-se dois programas computacionais tradicionalmente utili-
zados no projeto e análise de lajes nervuradas de concreto
armado, adotando-se os valores medidos experimentalmen-
te para o módulo de elasticidade longitudinal e resistência à
compressão do concreto. Os resultados foram comparados
com os dados experimentais obtidos por Schwetz (2011) em
uma estrutura real com o objetivo de verificar o quanto os
modelos matemáticos encontram-se próximos do comporta-
mento real da laje.
Figura 5 – (a) Leitura do deslocamento com nível óptico e (b) Régua posicionada durante a leitura
A
B
Figura 6 – Planta de locação dos pontos
de instrumentação