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IBRACON Structures and Materials Journal • 2013 • vol. 6 • nº 2
C. M. PALIGA | M. V. REAL
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A. CAMPOS FILHO
neste item, apresentados, discutidos e comparados aos resulta-
dos obtidos no programa experimental (Ombres[1]). Cabe-se res-
saltar que o modelo de elementos finitos é capaz de acompanhar
o desempenho das vigas desde o início do carregamento até a
carga de ruptura. Da mesma maneira, o modelo numérico é capaz
de detectar o modo de falha das vigas, seja ele dúctil, por alonga-
mento excessivo da armadura tracionada ou por ruptura por tra-
ção do material de reforço, ou frágil, causado pelo esmagamento
do concreto comprimido ou por descolamento do reforço.
4.1 Série S
1
Nesta série, duas vigas foram armadas com taxa de armadura
de tração de 0,905% (3ø12mm), de compressão igual a 0,419%
(2ø10mm) e taxa de reforço de 0,018% (uma camada de 6,75mm
2
).
Segundo Ombres [1], a carga de ruptura do primeiro protótipo foi
de 87,42kN, com ruptura causada pelo esmagamento do concreto.
Para o segundo protótipo, a ruptura se deu pelo esmagamento do
concreto, sob uma carga última de 87,60kN. A carga de ruptura obti-
da através do modelo numérico foi de 86,25kN, estabelecendo uma
diferença média de -1,4% em relação aos valores experimentais.
Na Figura 5 são apresentadas as curvas carga x deslocamento
obtidas experimentalmente e é feita a comparação com o desem-
penho da viga obtido numericamente.
Na Figura 6 estão comparados os valores obtidos experimentalmen-
te e numericamente para a deformação de compressão no concreto
(ponto de integração próximo ao nó 77) e para a máxima deformação
de tração no reforço (ponto de integração próximo ao nó 94).
4.2 Série S
2
Nesta série, as três vigas simuladas numericamente foram arma-
das com taxa de armadura de tração de 0,419% (2ø10mm), de
compressão igual a 0,268% (2ø8mm) e taxa de reforço de 0,018%
(uma camada de 6,75mm
2
), 0,036% (duas camadas de 13,5mm
2
)
e 0,054% (três camadas de 20,25mm
2
).
4.2.1 Viga reforçada com uma camada de PBO-FRCM
Segundo Ombres [1], a ruptura da viga reforçada com uma camada
de PBO-FRCM ocorreu para uma carga de 54,24kN e foi causada
pelo esmagamento do concreto. A carga de ruptura, obtida numerica-
mente através do modelo de elementos finitos, foi de 52,25kN, esta-
belecendo uma diferença de -3,7% em relação ao valor experimental.
Figura 5 – Curvas carga x deslocamento
(nó 73 – Figura 4) para a Série S
1
Figura 6 – Curvas carga x deformação
no centro do vão para a Série S
1
Figura 7 – Curvas carga x deslocamento
(nó 73 – Figura 4) para a Série S – uma camada
2