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IBRACON Structures and Materials Journal • 2013 • vol. 6 • nº 2
A. F. LIMA NETO | M. P. FERREIRA
|
D. R. C. OLIVEIRA
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G. S. S. A. MELO
mentares para a verificação da ruptura por punção em elementos
como lajes maciças, lajes nervuradas com áreas sólidas sobre
pilares e fundações. A punção pode resultar de uma carga con-
centrada ou reação aplicada em uma área relativamente pequena,
chamada de área carregada
A
load
de uma laje ou uma fundação. O
modelo recomendado para verificar resistência à punção é mos-
trado na Figura 5. A resistência ao cisalhamento deve ser verifica-
da junto aos perímetros de controle definidos. As recomendações
enunciadas neste item são principalmente formuladas para o caso
de carga uniformemente distribuída. Basicamente a resistência à
punção deve ser verificada na face do pilar (contorno
u
0
) e no con-
torno básico de controle
u
1
, em lajes sem capitel. Se a armação
de cisalhamento for necessária, uma verificação adicional deve
ser feita no contorno
u
out
, onde não exista a necessidade desta
armadura. O contorno básico de controle
u
1
está localizado a uma
distância 2·
d
da área carregada e deve ser construído visando
minimizar seu comprimento, conforme mostra a Figura 5, inclusive
no caso de pilares com seções irregulares.
Sendo assim para os casos de cálculo de resistência à punção
das ligações sem armadura de cisalhamento e sem capitel, deve
ser utilizado a Equação 4. E para a estimativa da resistência a
punção e ligações com capitéis recomenda-se as Equações 5 e 6,
para verificações dentro e fora da área dos capitéis, onde
V
Rc,int
e
V
Rc,ext
são, respectivamente, a carga de ruptura por punção dentro
do capitel (interno) e a carga de ruptura fora do capitel (externo).
(4)
0
0,3 1
250
c
R max
c
f
V
u d
f
 
  
Onde:
f
c
é a resistência á compressão do concreto, que segundo o EU-
ROCODE 2 [12] deve ser menor que 90 MPa, porém devem ser
respeitados os limites estabelecidos pelos anexos de cada país
membro da comunidade européia;
u
1
é o comprimento do perímetro de controle afastado 2·
d
das fa-
ces do pilar, em mm.
d
é a altura útil da laje, em mm;
ξ é o
size effect
, assumido como
0,2
200
1
+=
d
ξ
, com
d
emmm;
ρ é taxa média da armadura de flexão tracionada. A mesma é cal-
culada usando
, onde ρ
x
e ρ
y
são as taxas
nas direções x e y, respectivamente. Devem ser consideradas as
barras dentro de uma região afastada 3·
d
das faces do pilar;
u
1
é o comprimento do perímetro de controle afastado 2·
d
das fa-
ces do pilar.
(5)
H
c
H
du f
V
�  
1
3
int
Rc,
100
18,0
Figura 6 – Teoria desenvolvida por Muttoni [12]
1...,112,113,114,115,116,117,118,119,120,121 123,124,125,126,127,128,129,130,131,132,...190