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IBRACON Structures and Materials Journal • 2013 • vol. 6 • nº 2
A. C. MARQUES | T. N. BITTENCOURT | M. P. BARBOSA
foi colocado o disco superior, ainda com o concreto fresco e feito
o seu nivelamento feito com um nível de bolha. Estes procedimen-
tos estão minuciosamente detalhados em Marques
et al.
[14].
Depois de moldados, os corpos de prova foram deixados dentro
das formas até a data de ensaio (14 ou 49 dias). A desforma de
cada grupo de corpos de prova foi feita somente na data de ensaio
e o carregamento foi feito conforme prescrito pela NBR8224 [13],
ou seja, a aplicação total da carga ocorreu em um período de 30s
e antes do carregamento definitivo este foi precedido por dois car-
regamentos e descarregamentos consecutivos.
A carga aplicada tanto nos corpos de prova do primeiro grupo (14
dias) quanto a do segundo grupo (49 dias) foi fixada em 30MPa,
que corresponde a 30% da tensão de ruptura do corpo de prova
para a idade de 14 dias. Este valor foi fixado devido à limitação
do sistema de aplicação de carga cuja tensão máxima permitida
para ensaio é de 30MPa. A mesma carga foi aplicada nos corpos
de prova do segundo grupo, pois no sistema utilizado, os acumu-
ladores dentro e fora da câmara são compartilhados para cada
conjunto por meio de uma régua de distribuição. Os sistemas de
aplicação de carga utilizados dentro e fora da câmara climatizada
podem ser vistos nas Figuras 3 e 4.
Como mencionado anteriormente, os corpos de prova passam
por dois ciclos de carregamento e descarregamento antes da
aplicação da carga definitiva. Portanto, admite-se como leitura da
deformação inicial àquela obtida depois da retirada do segundo
carregamento. Depois desta leitura inicial é feito o terceiro carrega-
mento dos corpos de prova e, em seguida, uma leitura 30s depois
da aplicação da terceira carga, (conforme prescrito na NBR8224
[13]). Como se dispunha de um equipamento de aquisição de da-
dos dedicado exclusivamente para este ensaio, as medidas foram
feitas no primeiro dia a cada 30s, sendo mantida a cada 1h a partir
do segundo dia e mantida nesta taxa até o fim do ensaio.
De acordo com a NBR8224 [13], a deformação por fluência é dada
pela subtração da deformação imediata e da deformação de um
orifício e uma ranhura (como prescrito pela NBR8224 [13]) que
possibilita a passagem do fio do extensômetro de imersão utiliza-
do para a instrumentação. Além disso, para garantir sua fixação
com o corpo de prova, o disco inferior apresenta um grampo me-
tálico. Assim como o disco metálico, que possui alterações para a
passagem do fio do extensômetro, a forma metálica é dotada de
um orifício para a passagem do mesmo. Além disso, para facilitar
o procedimento de instrumentação e desforma, estas são biparti-
das. Na Figura 2, pode ser vista a forma utilizada para o ensaio.
O procedimento adotado para a realização do ensaio iniciou-se
pela instrumentação do corpo de prova, que é feita através da
centralização e fixação do sensor no eixo longitudinal da forma.
Depois de fechada a forma, passou-se uma camada de óleo em
suas paredes internas para facilitar a desforma. Após a moldagem
Figura 2 – Forma bipartida para o ensaio de fluência
Orifício para passagem
do fio do extensômetro
Figura 3 – Acumuladores acoplados
ao manifold para reduzir
a variação de pressão
grupos de
acumuladores
Figura 4 – Equipamento de carregamento
dos corpos de prova externos
1...,58,59,60,61,62,63,64,65,66,67 69,70,71,72,73,74,75,76,77,78,...190