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IBRACON Structures and Materials Journal • 2013 • vol. 6 • nº 2
Influence of the environment and loading age on SCC drying creep
corpo de prova de acompanhamento da deformação total. A de-
formação imediata é aquela lida 30s após a aplicação do terceiro
carregamento.
2.2 Modelos de previsão de fluência
O intuito dos modelos de previsão é providenciar, aos projetistas,
meios para estimar rapidamente as deformações por fluência e re-
tração com precisão suficiente, usando parâmetros conhecidos [15].
Existem vários fatores que afetam a fluência e a dificuldade em
prever com precisão a fluência do concreto encontra-se na inte-
ração dos diversos mecanismos físicos que são influenciados por
tais parâmetros [16].
Por se tratar de ensaios de longa duração, muitas vezes estas
propriedades não são medidas experimentalmente e, na falta de
resultados experimentais para a fluência ou retração, pode ser fei-
to uso de expressões encontradas em normas ou em outros mo-
delos de previsão. Neste trabalho serão utilizados para a previsão
da fluência os modelos dispostos na NBR6118 [17], EUROCODE
2 [18], ACI 209R [19] , B3 [16] e GL [20]. Também serão comenta-
dos alguns fatores que podem interferir em seu uso para o CAA e
os dados de entrada adotados para cada modelo.
A comparação entre resultados experimentais e os obtidos pelos
modelos de previsão será feita pela função de fluência (J).
Todos os modelos de previsão analisados são válidos para uma
carga aplicada de até 40% da resistência à compressão na idade
de carregamento dos corpos de prova, com excessão do EC2,
que permite uma tensão de até 45% da resistência característica
do concreto e do B3 que pode ser usado para uma tensão de até
45% da resistência à compressão média do concreto.
Outro dado de entrada também utilizado é o abatimento. Este é
usado apenas pelos modelos da NBR6118 [17] e ACI 209R [19]
e possui diferenças para a alimentação dos modelos. Segundo a
NBR6118 [17], deve-se utilizar o abatimento do traço feito sem
os aditivos, já no modelo do ACI 209R [19], considera-se o abati-
mento medido do traço feito. Neste trabalho é feita a comparação
dos resultados experimentais com os fornecidos pelos modelos da
NBR6118 [17] e ACI 209R [19] utilizando tanto o abatimento antes
da adição do superplastificante quanto o depois da adição (5cm e
28cm, respectivamente).
Dentre os modelos analisados, o modelo B3 [16] é o que necessita
de mais dados de entrada referente à composição do traço do con-
creto. As variações permitidas para a estimativa dos parâmetros
dos materiais deste modelo está restrita aos seguintes valores:
n
Resistência à compressão média (f
cm
): 17 ≤ f
cm
≤ 70 MPa;
n
Relação água/cimento (a/c): 0,35 ≤ a/c ≤ 0,85;
n
Consumo de cimento (c): 160 ≤ c ≤ 720 Kg/m³;
n
Relação agregado/cimento em peso (ag/c): 2,5 ≤ ag/c ≤13,5.
Já o modelo que necessita de menor quantidade de dados para
sua alimentação é o GL [20], cuja única especificação em relação
ao traço é o tipo de cimento utilizado, que é considerado em todos
os modelos de previsão.
Embora nos modelos de previsão sejam sugeridas equações para
a previsão do módulo de elasticidade a partir dos resultados de
resistência à compressão do concreto, neste trabalho, foram uti-
Tabela 4 – Propriedades do CAA no estado fresco
Ensaio
Leitura
Limites designados
por norma
Espalhamento (mm)
Tempo de escoamento T (s)
500
Caixa L (H /H )
2 1
Funil V (s)
605
5
0,8
9
550 a 650 (Sf1)
>2 (Vs2)
≥0,8 (Pl2)
9 a 25 (VF2)
Tabela 5 – Resistência à compressão, resistência à tração e módulo de elasticidade do CAA
Idade
(dias)
Propriedade mecânica
Resistência à compressão
(Mpa)
Resistência à tração
(Mpa)
Módulo de elasticidade
(Gpa)
7
14
28
49
48,8
53,2
57,4
64,6
4,3
4,1
4,5
5,0
28,5
30,2
33,8
33,2
Figura 5 – Deformações de fluência e retração por
secagem para as duas datas de carregamento